Sabia portar-se como uma dama e calar-se quando necessário.
Lavava, passava, cozinhava,cuidava da casa, do marido e dos filhos.
Não podia frequentar estádios mesmo que entendesse de esporte.
Não podia compor, mesmo que tivesse sensibilidade musical.
O voto não lhe era permitido e ainda assim acompanhava todas as notícias de política.
Ela queimou sutiãs, reivindicou seus direitos.
Agora ela joga futebol, apita jogos, apresenta programas esportivos.
Ela compõe, toca, canta e encanta.
Ela vota e é votada.
Entre outras coisas que conquistou.
Não imaginava que pudesse ir tão longe. Alcançou o respeito, mas ainda almeja a igualdade.
Ainda lava, passa, cozinha, cuida da casa, do marido e dos filhos; mas faz tudo isso com a sensibilidade, a força e a coragem de que só uma mulher é capaz.
Fez-se necessária.
Ela foi costela e se tornou coluna.
Feliz dia internacional da mulher!
