Título: A Bibliotecária
Autor(a):Logan Belle
Editora:Record
ISBN:978-85-01-40216-5
Páginas:288
Ano de publicação:2013
A jovem Regina Finch acaba de chegar a Manhattan para trabalhar na Biblioteca Pública de Nova York. Mas o que parecia ser a promessa de uma rotina tranquila em meio a clássicos da literatura logo se revela um irresistível jogo de sedução quando ela conhece o envolvente Sebastian Barnes, investidor da instituição e um dos homens mais cobiçados da cidade, que fica obcecado pela beleza da bibliotecária. A até então ingênua Regina se entrega a um crescente e selvagem desejo que parece consumi-la mais a cada dia, uma paixão que despertará na jovem sensações jamais imaginadas.
Atenção: O livro que se encontra resenhado aborda conteúdo adulto aconselhado para maiores de 18 anos.
"É melhor depois pedir perdão do que permissão"
Já faz um
tempo que li o livro de Logan Belle, mas vim aqui contar pra vocês a minha
opinião sobre o dito cujo.
Quem me
conhece sabe que eu sou chegada em um livro hot, não é segredo pra ninguém. Já
fazia tempo que queria adquirir A Bibliotecária e acabei comprando em uma
promoção. Foi com grande ansiedade que comecei a ler o livro que prometia muito
envolvimento, mas não me senti tão envolvida assim.
O livro é escrito na terceira pessoa e tem a
sua narrativa muito bem construída e de fácil compreensão. A leitura é rápida e
flui facilmente pelas 281 páginas da obra. Os capítulos são extremamente
curtos, o que pode gerar certa estranheza. A edição não deixa a desejar, apesar
de não ser luxuosa.
E é sob a
sombra do sucesso 50 Tons que encontramos A Bibliotecária. Pra falar a verdade
a estória se desenrola sob os holofotes clichês estabelecidos pelo gênero hot,
onde virgens indefesas se apaixonam por milionários megalomaníacos e possessivos.
Regina Finch
tem as mesmas inseguranças de virgens com complexo de inferioridade e
desbravadoras de grandes cidades que já conhecemos. Seu sonho de trabalhar na
Biblioteca Pública de Nova Iorque foi, enfim, concretizado e a nossa mocinha
pretende se dedicar ao máximo a carreira de bibliotecária. Até ela conhecer o fotógrafo e benemérito da instituição, o Sebastian Barnes. Numa cena típica de garota
desastrada que deixou a tampa da garrafa cair e ele pega perguntando algo do
tipo: “Isso pertence a você?”.
O segundo
encontro dos pombinhos é, no mínimo, inusitado. A protagonista flagra o
garanhão fazendo sexo em uma das salas da biblioteca. Não meu povo, vocês não
leram errado. Ele estava transando com uma mulher na BIBLIOTECA, essa fantasia
foi nova pra mim também.
"Envergonhada, Regina tentou desviar a vista,mas acabou olhando diretamente no rosto do homem; e, chocada, percebeu que o reconhecia..."
Depois de
descobrir que o macho-alfa é um dos manda-chuva da biblioteca Regina se vê
atraída por um excitante jogo de sedução, onde ela é a mais nova obsessão do
milionário. Estabelecida a atração, Regina tem que lidar com inúmeros desafios
implicados pelo seu relacionamento com Sebastian. Valeria à pena colocar o seu
emprego em risco? Além disso, o Moreno a apresenta ao excitante, doloroso e obscuro
mundo do sadomasoquismo (acho que já vi isso em algum lugar).
"... ordenou ele, como se tivesse certeza de que Regina obedeceria."
O maior
problema entre o casal é a falta de confiança e o medo de entrega por parte do
Sebastian que, em um primeiro momento, quer que a relação seja puramente sexual
devido a atração que sente pela imagem da mocinha estranhamente parecida com a
musa pin-up Bettie Page.
"E ela entendeu que estava sozinha."
O Livro é
sensual, as cenas picantes são de tirar o fôlego. E apesar de ter sido um livro
que eu gostei de ler, senti que não traz nada novo. Ao que me parece, a autora
se ateve na zona de conforto comum aos romances de banca e a se aventurou no
tema sadomasoquismo adotado outrora pela James. Teve medo de arriscar e pecou por isso. O romance é bem ambientado, mas as descrições deixam a desejar. A autora basicamente explora estereótipos, talvez por isso ela não tenha tido o cuidado de explorar a imagem dos personagens. Cabe ao leitor procurar uma foto da Bettie Page no Google e construir um Sebastian Barnes a partir de descrições genéricas como: Moreno, alto, bonito e sensual.
"_Por que está brindando às fantasias?_ Perguntou ela tocando a taça na dele.
_Porque são inspiradoras. E libertadoras."
Nota 3/5
Beijos
Néury Queiroz